450 casos de conjuntivite são registrados no 1° quadrimestre em Cuiabá

Jonair Cesár

A doença é comum nessa estação do ano.
Foto: Tua Saúde

A população Cuiabana e baixada deve ficar em alerta sobre os frequentes surtos de conjuntivite, comuns nessa estação do ano na capital. A informação é do Centro de Especialidades Médicas (CEM) da Secretaria de Saúde de Cuiabá, que no ano passado, foram registrados 340 casos da doença de janeiro a abril. Já neste ano, no mesmo período, foram notificados 450 pessoas com conjuntivite, um aumento de 32%.

Visão embaçada, coceira e olhos lacrimejando são alguns dos sintomas da conjuntivite  que pode ser transmitida por pequenos descuidos como contato com objetos  contaminados ou pelo ambiente fechado. 

Caracterizada por uma inflamação na membrana que reveste a parede do globo ocular e das pálpebras, a doença precisa ser tratada corretamente. "Geralmente, a conjuntivite ataca os dois olhos e dura de uma semana a 15 dias", explica a médica oftalmologista Maria Regina Marques.

Os principais problemas que envolvem a doença estão ligados a falta de informação e a automedicação que, na maioria dos casos, aumenta o problema, dificultando a cura e oferecendo risco de sequelas. E não existe apenas um tipo de conjuntivite: há versões causadas por vírus, bactérias fungos ou protozoários. E o tratamento vai depender da causa da doença. 

Segundo a Oftalmologista a conjuntivite precisa de um tratamento específico, e a automedicação podem trazer perigos. Ao suspeitar de conjuntivite, o paciente deve procurar um médico ao invés de se automedicar. A indicação de qualquer remédio só pode ser feita por um oftalmologista. Alguns colírios são altamente contra indicados porque podem agravar ainda mais a inflamação.

Infografia: Felipe Nadaes

Á estudante de Jornalismo Heide Castilho, 26 anos, passou um susto ao ser diagnosticado com conjuntivite hemorrágica “É horrível, Fiquei muito preocupada e triste antes de saber o que era. Eu me olhava no espelho e pensava até mesmo em ser uma coisa perigosa, por nunca ter tido conjuntivite, Ainda mais hemorrágica, Espero não precisar passar por isso nunca mais”, declarou.

Conforme Castilho os primeiros sintomas começaram com irritabilidade, coceiras. Lacrimação, vermelhidão e olhos pregados. Ela conta que procurou a rede pública de saúde e teve problemas na hora de ser medicada, “O médico não diagnosticou corretamente, e disse se tratar apenas de uma simples irritação, ele passou uma medicação que não adiantou nada” relata.

Casos como o da estudante é frequente diz a Oftalmologista: “A maioria dos médicos que não são Oftalmologista, não sabem avaliar corretamente”.

O acompanhamento de um especialista é primordial, para um diagnóstico e tratamento correto. O melhor mesmo é se prevenir, antes de coçar os olhos lavar as mãos e não compartilhar objetos de uso comuns com pessoas contaminadas.