Fabiana Oliveira e Tatielli Jasper
Usuários do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande enfrentam ônibus lotados todos os dias, e isso acaba se tornando um problema, principalmente para as mulheres que são submetidas ao “encoxamento”. O ato descreve o abuso sexual que passageiras sofrem durante o percurso da viagem.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (SESP-MT), houve diminuição de 25% de abuso sexual contra mulheres no período de janeiro a dezembro de 2012 para o mesmo período em 2013. Embora essa estatística não seja considerada alarmante, é uma realidade em que centenas de mulheres passam todos os dias, e que, muitas vezes, por constrangimento ou medo, não registram boletim de ocorrência.
“Todos os dias tenho que pegar ônibus para trabalhar, quando estou sentada não tem nenhum problema, mais quando me levanto para descer, pelo fato da lotação do ônibus, alguns homens encostam maliciosamente em mim, isso é muito chato me sinto desrespeitada por ser tratada como objeto sexual. Desabafa a estudante de fisioterapia Jackeline Aires da Silva.
A violência contra mulher dentro dos coletivos, não é uma novidade, entretanto, o assunto ficou mais evidente nos últimos meses em todo Brasil, a partir de fotos e vídeos que foram compartilhadas nas redes sociais e por meio do aplicativo de mensagem “Whatsapp”.
Os intitulados “encoxadores”, criavam páginas no Facebook, onde compartilharam os abusos cometidos incentivavam os demais, contando sua experiências e ensinando os seguidores à agir. Depois da descoberta, muitos foram denunciados e presos.
Os intitulados “encoxadores”, criavam páginas no Facebook, onde compartilharam os abusos cometidos incentivavam os demais, contando sua experiências e ensinando os seguidores à agir. Depois da descoberta, muitos foram denunciados e presos.
A recepcionista Carla Regina Oliveira, conta que também passa pela mesma situação de “encoxamento”. “O problema é sempre na hora de descer, os maliciosos ficam sempre esperando uma oportunidade para se aproveitar, fico muito triste porque dá uma sensação de desrespeito e impunidade, muitas vezes nos calamos por medo”.
Essa é uma realidade constante em que mulheres se vêem desprotegidas e molestadas, em um ambiente que deveria no mínimo oferecer segurança, assim como Jackeline e Carla, outras tantas mulheres também já passaram por essa situação, no mínimo humilhante, mas que só será amenizado se todas as vitimas registrarem boletim de ocorrência.
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