Tarley Carvalho / MuvucaPopular
Sem chegar a um consenso sobre o nome que irá disputar o governo pela base governista, o deputado
estadual, José Riva (PSD), colocou seu nome à disposição para o pleito na manhã
desta quarta-feira (25). O partido já possui um pré-candidato à majoritária, o
vice-governador Chico Daltro, que não tem se destacado quando comparado aos
outros dois pré-candidatos do grupo, o ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral
(PT), e o ex-juiz federal, Julier Sebastião da Silva (PMDB).
A preocupação da base é homologar
a candidatura de alguém que possa enfrentar o senador Pedro Taques (PDT) nestas
eleições. O pedetista tem se destacado nas pesquisas eleitorais, até o momento,
por ser mais conhecido que os demais. Enquanto o prazo para a campanha
eleitoral não se inicia, os mais conhecidos pela população se destacam nas consultas
eleitorais, demonstrando o resultado do senador e de Lúdio Cabral, que aparece
em segundo colocado.
O nome de Riva pode ser a
nova estratégia da base em dividir os votos e levar a eleição ao segundo turno com
maiores chances de derrotar Pedro Taques. Outro fator que pode ser levantado, é
que, talvez, o surgimento de Riva neste momento pode não se tratar de novidade,
mas de usar a informação no momento certo. É normal que os pré-candidatos recebam
ataques de seus adversários, logo, manter-se afastado é evitar ter o nome
minado.
Riva tem base forte no
interior do Estado e, na última eleição, conseguiu permanecer na cadeira da
Assembleia Legislativa com mais de 93 mil votos. Com isso, já era de se
estranhar o anúncio de sua aposentadoria da vida política. Sua herdeira é a
filha, Janaína Riva, pré-candidata a deputada estadual.
O
‘limão’ de Taques
Pedro Taques deverá estar preparado,
caso chegue ao segundo turno das eleições. Apesar de estar à frente dos demais
nomes postos até o momento, ele conquistou a antipatia de fortes lideranças políticas
no Estado e o clima tende esquentar ainda mais assim que o período de campanha
eleitoral e os debates forem iniciados.
O provável é que, no segundo
turno, Taques seja ‘prensado’ pela nova chapa que irá se formar. Até o momento,
a tendência é que, após o primeiro turno, as candidaturas alternativas e a base
situacionista se unam e formem um verdadeiro ‘paredão’ contra o senador.
Outro desafio para Pedro,
caso eleito, será a relação com o governo federal. Caso a presidenta Dilma
Roussef (PT) seja reeleita, ele poderá ter dificuldades com investimentos para
Mato Grosso. Seu partido, em nível nacional, faz parte da aliança de situação,
contudo, Taques tem feito críticas ao governo petista e chegou a assinar o
requerimento de criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da
Petrobrás.
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