Tarley Carvalho
O prefeito de Chapada dos
Guimarães (114 Km de Cuiabá), José Neves (PSDB), escapou da cassação que
poderia ter acontecido na noite desta terça-feira (03). A Câmara Municipal
votou o relatório da Comissão Processante e, para que ele perdesse o cargo,
seriam necessários oito votos favoráveis à cassação, dois terços. Ao fim de
sessão, que durou mais de três horas, Neves recebeu sete votos para ser
cassado, um em seu favor e outros três vereadores se abstiveram. Os parlamentares não desistiram da cassação e um novo processo deve rolar nos próximos dias. O prefeito está
afastado de seu cargo desde o dia 09 de maio pelo prazo de 90 dias por acusação
de improbidade administrativa.
José Neves foi denunciado
pelo morador José Wagner Chaves por contratar os serviços de um advogado de
forma irregular. Segundo a denúncia, o prefeito teria usado os serviços do
advogado para sua defesa em um recurso que tramita no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Ele foi defendido pela primeira dama, a advogada Isabel
Cristina Melão de Souza Neves, que não chegou a utilizar todo o tempo disposto
para a defesa, de duas horas.
A decisão de não cassação
coube ao vereador Dagoberto Belufi (DEM), que votou contra a cassação e
seria o último dos oito votos necessários. Além dele, também mudaram o rumo da
decisão os vereadores Graciliano Pereira do Nascimento da Mata (PSD), Edmilson
de Freitas (PMDB) e a suplente Maria Ferreira da Silva (PSD) que optaram pela
abstenção. A suplente está ocupando a cadeira do vereador Anildo Moreira da
Silva (PSD).
De acordo com informações,
os vereadores devem agora dar início a outras investigações, uma de cada vez
para, de forma estratégica, pedir a cassação diversas vezes, à fim de
pressionar os demais parlamentares a votarem pela exoneração do cargo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário