24HorasNews
Ex-governador afirma que políticos eleitos com gastos de milhões
acabam pagando o valor durante seus mandatos
Foto: Marcos Magalhães |
A contradição
entre as falas e práticas dos candidatos já se tornou uma marca no período
eleitoral. Mas ainda existem casos em que os eleitores ficam confusos, tamanha
incoerência vista neste período. Uma dessas contradições é protagonizada por
Rogério Salles, ex-governador do Estado de Mato Grosso e candidato ao Senado
pelo PSDB. O postulante lamenta que alguns candidatos gastem milhões para serem
eleitos, valor que, segundo ele, acaba sendo pago durante o mandato dos eleitos.
O fato curioso é
que, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Salles declarou como
teto para gastos de sua campanha o montante de R$ 12 milhões.
Apesar disso, a
campanha de Salles não é a mais cara. Na disputa do Senado, considerando apenas
os candidatos que foram deferidos, Rogério seria um dos mais “humildes”. No
ranking, quem lidera os valores altos é o candidato do PSD, Rui Prado, com um
total declarado de R$ 30 milhões. Em seguida, Wellington Fagundes (PR), com R$
15 milhões. Salles aparece em terceiro, ganhando apenas do candidato do PSOL,
Gilberto Lopes Filho, tendo declarado o teto para gastos de R$ 1 milhão.
Em contato com a
assessoria de Rogério Salles, a declaração para o gasto de 12 milhões foi feita
pelo contador e não representa, necessariamente, que o candidato vá utilizar
todo o limite de gastos em sua campanha. Além disso, segundo sua assessoria,
não se trata de ser contraditório, pois, quando fala em “milhões gastos para
conseguir eleger-se”, o candidato refere-se a montantes próximos à margem de R$
100 milhões.
O valor
investido pelo candidato pode tornar-se uma preocupação dos eleitores, uma vez
que, de acordo com a matéria veiculada, candidatos que gastam milhões para
serem eleitos acabam pagando o valor durante seus mandatos.
No site do TSE,
ainda não há entrega de Prestação de Contas Eleitorais por parte do candidato
Rogério Salles.
A reportagem
tentou entrar em contato com Salles, mas as ligações não foram atendidas. Até o
fechamento desta matéria, não houve retorno das chamadas.
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