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Foto: Olhar Direto |
O
vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) não é mais presidente da Câmara de
Cuiabá desde às 10h09 desta terça-feira (03). Afastado do cargo por duas
decisões judiciais e acuado por apuração de crimes pelo Grupo de Atuação
Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, ele
disse que deixava o cargo para não ser acusado de atrapalhar as investigações e
para devolver a harmonia ao Poder Legislativo da Capital. De acordo com ele,
sua destituição é honrosa.
“Neste
ato, para demonstrar que não tenho apego ao cargo de presidente, para que meus
pares não fiquem constrangidos e para que não se alegue que a presidência
manobra para evitar investigações, sejam elas de quaisquer natureza, comunico a
minha destituição da honrosa função de presidente”, anunciou ele, em
pronunciamento na tribuna do plenário das deliberações.
João
Emanuel dedicou a maior parte do discurso e da entrevista coletiva para acusar
o prefeito Mauro Mendes (PSB) de ter planejado a gravação em que aparece
propondo fraudar uma licitação em favor de uma gráfica e chamando os colegas de
artistas. “O servidor da prefeitura Wilton Brandi, na surdina, fez gravações
com edição e trucagem e também hiperlink, omitindo-se os pontos relevantes,
dando a entender a existência de verbas mal versadas, quando é é público e
notório a condição que nos forçou, inclusive, às exonerações e estabelecer
prioridades”, afirmou ele, demonstrando desapontamento.
Todavia,
em nenhum momento, João Emanuel negou que tenha feito as declarações à
empresária Ruth Hércia da Silva Dutra.
O
ex-presidente da Câmara Municipal argumenta que, se fosse em um país sério, o
destacamento de um servidor lotado na inteligência do Poder Executivo para
coordena uma operação ilícita resultaria em desfecho diferente. “Por estas
bandas, onde os fins justificam os meios, nenhuma voz se levantou contra o
esquema ordenado para difamar, desmoralizar e destruir a liberdade parlamentar.
hoje, sou eu; depois, pode ser qualquer um de nós”, lamentou Moreira Lima.
O
entendimento é de que tudo ocorreu para não permitir investigar contratos da
Prefeitura de Cuiabá, principalmente no aluguel de maquinários. “Desviou-se o
foco das investigações que fazíamos nas contratações do Executivo para o tão
mais acanhado empenho em serviços da Câmara”, detonou.
João
Emanuel anunciou que fez encaminhamento à Comissão de Ética e Decoro
Parlamentar pedido de averiguação dos seus atos, objeto de apuração no Gaeco e
investigação no Judiciário de Mato Grosso. O vereador social democrata disse
que não teme ser cassado, por entender que não houve quebra de decoro. “Das
urnas, saí vitorioso. Desses processos, sairei maior do que entrei”, emendou
ele.
Eleição
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Foto: Olhar Direto |
O
presidente em exercício da Câmara de Cuiabá, vereador Onofre Júnior (PSB),
afirma que nesta quinta-feira (05/12) acontece eleição para o novo presidente
do Poder Legislativo. Estão no páreo os vereadores Francisco Silveira Chico
2000 (PR) e Júlio Pinheiro (PTB), ex-presidente da Casa no último biênio. Ambos
são da base de sustentação à administração Mauro Mendes.
Fonte:
Olhar Direto
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