O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve
encaminhar, ainda nesta semana, ao Supremo Tribunal Federal (STF), parecer no
sentido de que os deputados federais Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto
(PR-SP) tenham a prisão decretada imediatamente.
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Deputado Pedro Henry está envolvido no mensalão |
O deputado mato-grossense foi condenado pelo STF, no
Escândalo do Mensalão, a 7 anos e 2 meses da prisão, por corrupção e lavagem de
dinheiro.
O parlamentar vai cumprir a pena em regime semiaberto
(trabalha durante o dia e dorme na cadeia).
Na segunda-feira (2), o relator do processo do Mensalão e
presidente do Supremo, Joaquim Barbosa decretou
o fim do processo em relação ao ex-deputado Pedro Correa, condenado a 7
anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O próximo passo deverá ser a prisão do ex-parlamentar no
regime semiaberto, o mesmo no qual está o ex-ministro José Dirceu, segundo
informação do jornal O Estado de S. Paulo.
Barbosa rejeitou recursos e declarou o que no jargão
jurídico é conhecido como "trânsito em julgado" de um processo.
Ou seja, o momento em que uma condenação se torna definitiva
e, portanto, deve ser iniciado o cumprimento da pena.
Prisão imediata
Na sexta-feira (29), o procurador Rodrigo Janot encaminhou
parecer ao STF opinando que Correa deveria ser preso.
Segundo ele, o ex-deputado não tinha direito a um recurso
denominado embargo infringente.
Esse recurso garante, na prática, um novo julgamento para
réus. Mas somente pode ser usado quando o acusado conseguiu garantir pelo menos
quatro votos favoráveis à absolvição, o que não ocorreu no caso de Correa.
Além de Correa, Janot havia pedido a prisão imediata do
ex-vice-presidente do Banco Rural Vinicius Samarane. O procurador-geral deve
ainda encaminhar parecer no mesmo sentido para os casos dos deputados Valdemar
Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) e do advogado Rogério Tolentino.
Na segunda, Janot recomendou a prisão imediata do
ex-deputado Bispo Rodrigues, condenado no mensalão a 6 anos e 3 meses de prisão
por corrupção e lavagem de dinheiro.
Bispo Rodrigues pediu para ter seu caso julgado novamente,
mesmo sem o mínimo de votos estipulado pelo regimento do STF - são necessários
pelo menos quatro votos pela absolvição.
Fonte: Mídia News
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