quarta-feira, 30 de abril de 2014

'Nossa definição está feita, o resto é especulação', diz Serys sobre PTB

Tarley Carvalho / Muvuca Popular

A ex-senadora da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Serys Slhessarenko – que agora está filiada ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – não acredita que seu partido pode compor uma chapa secundária com os grupos que já estão postos à disputa eleitoral. O partido estava, até poucos dias atrás, na aba do senador Pedro Taques (PDT) mas, por ser ignorado nas decisões do grupo, optou por caminhar sozinho e lançou o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, como pré-candidato ao governo do Estado. Serys Slhessarenko, por sua vez, foi lançada como pré-candidata ao Senado.
Em entrevista ao site Muvuca Popular, Serys afirmou que a sigla ainda está conversando para agregar aliados, mas que a possibilidade do partido entrar em outro grupo já pré-formado é pequena, já que o PTB – partido que tem o histórico de forte representatividade no Estado – prioriza que ela e Pagot sejam, de fato, candidatos nessa disputa de 2014.
“Nossa definição já está feita, o resto é especulação! Por enquanto, não temos um arco de aliança, mas as conversas estão sendo realizadas com o presidente do partido, Chico Galindo. Mas este é o nosso cenário atual, ainda tem muita conversa para ser feita!”, afirmou a petebista.
Serys também opinou sobre o quadro político mato-grossense dizendo que, sob sua percepção, muita coisa pode mudar. “Uma hora um partido está com um, outra hora ele está com outro! Pelo menos, é o que percebo”, arrematou.
A ex-senadora deixou o PT em 2012, após um forte racha interno, protagonizado por ela e pelo ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral, derrotado na disputa pela Prefeitura da Capital mato-grossense. O racha culminou na saída de 300 militantes do Partido, entre eles, figuras históricas.
Apesar de Serys afirmar que seu partido trabalhará com a candidatura majoritária, isso pode mudar com a decisão do senador Blairo Maggi (PR) sobre a possibilidade de disputar o governo do Estado. Isso porque a base governista precisa de um nome que possa derrubar de vez as chances do também senador, Pedro Taques (PDT); atualmente, as pesquisas eleitorais apontam o pedetista na liderança em quase todos os cenários, ficando atrás somente de Blairo Maggi.
Mesmo com o senador republicano negando sua vontade de disputar o governo do Estado, muitas lideranças políticas apostam nessa possibilidade. Caso isso aconteça, é provável que Pagot – do partido de Serys – recue e não dispute a cadeira do Palácio Paiguás, em razão da amizade que tem pelo senador. Assim, nasce a possibilidade do PTB integrar a base governista e a ex-senadora, se ver obrigada a dar as mãos para seu antigo partido, o PT, sigla que não nutre a melhor das simpatias.
Caso esta possibilidade venha a acontecer, Serys tem grandes chances de perder, novamente, o protagonismo no espaço eleitoral, já que o grupo está composto por nomes de forte representatividade, podendo tornar o sonho de Serys de voltar ao Senado, em pó.

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