![]() |
Foto: Reprodução |
Embora o Supremo Tribunal Federal tenha reconhecido, por unanimidade, em 2011, a união civil entre pessoas do mesmo sexo, estudos mostram que a maioria dos brasileiros ainda é contra o casamento gay. Em Mato Grosso, o cenário não é diferente. Pesquisa realizada pelo Instituto Mark em parceria com o Rdnews aponta que 56,3% dos entrevistados são contra a união e/ou casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O levantamento, realizado entre os dias 10 e 14 deste mês, ouviu 1.224 pessoas em 73 municípios. Ao todo, 32,9% disseram que são a favor da relação homoafetiva e 10,8% não souberam opinar ou não responderam. A margem de erro do estudo é de 3%, para mais ou para menos. O resultado representa a opinião de 52% dos homens e 48% das mulheres ouvidas. Do total do público entrevistado, 98,2% mora em zona urbana e a maioria (27,6%) tem entre 35 e 44 anos, seguida dos que tem idade entre 45 e 59 anos (26,4%).
De acordo com os dados, apenas 5% das pessoas ouvidas possuem ensino superior e 43,8% têm somente o primeiro grau. Destes, 34,3% concluíram o ensino médio. A pesquisa apurou ainda que 73,2% dos entrevistados ganham de 1 a 5 salários, enquanto 20,3% recebem de 5 a 10. Em junho do ano passado, um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) em parceria com a MDA Pesquisas mostrou que, de 2.010 entrevistados, 49,7% se posicionaram contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo, enquanto 38,9% disseram ser favoráveis. Questionados sobre o casamento gay, a rejeição subiu para 54,2%. O número de favoráveis também reduziu para 37,5%.
Eleições
O assunto é polêmico e, por isso, não deve ficar de fora das discussões e discursos dos candidatos, neste pleito. A questão, no entanto, é tratada por considerável parte dos políticos como “espinhosa”, tendo em vista que pode implicar diretamente no resultado das urnas. É o que sustenta o analista político, Alfredo da Mota Menezes.
O especialista observa que nenhum candidato quer colocar a mão “nesta cumbuca”, justamente por tratar de um tema cheio de polêmicas. Aponta que o assunto é melindroso até mesmo para quem concorre a cargos de menor relevância social. “Duvido que alguém se posicione”, comenta.
Por outro lado, não descarta a possibilidade dos candidatos questionarem, entre si, se são ou não a favor da união homoafetiva durante um debate. Desta forma, teriam que se posicionar. “Mas a própria pesquisa mostra a eles que não devem abordar o assunto”, finaliza.
Fonte: Camila Cecílio / RDNews
Nenhum comentário:
Postar um comentário