Luis Vinicius
Apesar
da Justiça ter determinado que 70% dos funcionários do transporte
público em greve trabalhassem, nenhum ônibus circulou na manhã de terça-feira
(20.05) na Capital mato-grossense. Com isso, milhares de usuários do transporte
público tiveram que se desdobrar para que conseguissem chegar até o seu local
de trabalho. Com isso, o Informe Capital foi conferir de perto todo o trabalho
que os usuários tiveram para chegar aos seus compromissos.
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Foto: Meu Transporte |
Logo a cinco da manhã fomos até o ponto
de ônibus do ponto final do Tijucal e nos deparamos com uma fila de quase 200
metros, onde os usuários se perguntavam se funcionaria 70%, 30% ou se nenhum
ônibus estaria à disposição. “Eu pego ônibus neste local a mais de 20 anos,
sempre me deparei com fila, mas igual à de hoje nunca vi. Cheguei aqui às cinco da
manha e até agora não passou nenhum ônibus, não sei o que eu vou fazer”, disse
preocupada a doméstica Fátima Aparecida de 50 anos, que é moradora do bairro
Tijucal.
Após duas horas no ponto de ônibus, não
teve jeito, os usuários tiveram que buscar alternativa, pagar moto táxi foi uma
delas. “Eu como professora já sou mal remunerada, ainda tenho que deparar com
essa greve. O jeito foi pedir um moto táxi para que me levasse até a escola
onde eu trabalho”, observou a Professora Núbia Rafaelle de 30 anos.
Em entrevista ao site Repórter MT, o
presidente do STETT/CR, Ledevino Conceição disse que “tivemos acesso a essa
decisão e vamos colocar 70% da frota até o final da manhã nas ruas. Mesmo a
decisão não valendo para as linhas intermunicipais, vamos colocar 50% dos
carros nas ruas. Mas a saída das garagens precisaram serem simultâneas, para
evitar quebra-quebra”, explica.
Já no período vespertino a equipe retornou ao ponto de ônibus onde haviam poucas pessoas. Muitas delas tendo que ir trabalhar meio período. “Já que não deu pra ir de
manhã vou agora para não perder o dia de serviço. Já estou aqui há meia hora e
não passou nenhum, espero que meu patrão entenda e não me prejudique pelo
atraso”, disse o mestre de obras, Wilson Willian de 24 anos.
De acordo com o presidente do STETT-CR, ainda não está agendada nenhuma
reunião de conciliação entre a categoria e os empresários. Quanto a possíveis
manifestações dos profissionais não estão programadas.
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