quinta-feira, 31 de julho de 2014

Eles ficaram de fora! Veja as apostas ao Senado de Mato Grosso que tinham como certa a disputa em 2014

Tarley Carvalho


Cheia de altas e baixas, as eleições deste ano em Mato Grosso parecem não se consolidar e ter um quadro definitivo. Um fato que chama atenção é que algumas lideranças,   tidas como certas para  a disputa esse ano,  acabaram por ficar de fora. O InformeCapital listou as principais lideranças que disputariam a cadeira ao Senado mas, que por algum motivo, ficaram de fora. Confira:

Silval Barbosa (PMDB): No começo do ano muito se falou na possibilidade do atual governador do Estado disputar as eleições ao Senado. Silval não pode disputar a reeleição por já ser um governador no segundo mandato. Ele, que era vice de Blairo Maggi (PR), assumiu a governança com a saída do titular quando este venceu para senador, em 2010.

Aliás, a decisão de Barbosa em não disputar as eleições é curiosa. Se for levado em consideração que trata-se de um governador que irá se ausentar de cargos políticos pelo prazo mínimo de dois anos, isso se aceitar uma Prefeitura ou uma Vereança em 2016, o que é pouco provável.

Os motivos que levaram o Chefe do Executivo a não disputar as eleições, oficialmente, estão ligados à Copa do Mundo  e suas obras não concluídas que desgastaram muito sua imagem. Vale trazer à memória que o governador teve um mandato desgastado, marcado por diversas paralisações de classe, incluindo a maior greve dos profissionais da educação da história de Mato Grosso, totalizando 67 dias com alunos sem aula e professores recebendo pouco diálogo por parte de Barbosa.

Jayme Campos (DEM): Já senador, o democrata pretendia  disputar a reeleição este ano, porém, dizendo-se sem apoio, voltou atrás e, na semana passada (21-07), desistiu da candidatura. Jayme estava na base do também senador Pedro Taques (PDT), que é candidato ao Governo do Estado. O motivo seria não receber apoio das lideranças que compõem a chapa de Taques, o que teria feito Campos se sentir desvalorizado. A suposta traição viria do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), e do prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), que, nos bastidores, estariam apoiando Wellington Fagundes (PR), que também disputa o Senado pela base governista.

A desistência pegou muitos de surpresa. Jayme liderava nas pesquisas de intenções de voto. Político experiente, seria a dor de cabeça e pesadelo daqueles que irão se aventurar nesta disputa. E não é só isso, a desistência de Campos alerta para um entrave na coligação de Taques que, caso queira não passar por situação semelhante, terá de alinhar, rapidamente, sua equipe de campanha.

Outro entrave que pode surgir é o posicionamento que Jayme Campos irá adotar a partir de agora para a campanha política. É possível que ele passe a apoiar seu amigo de longa data, o deputado estadual José Riva (PSD), que também concorre ao Governo do Estado. Para seu substituto, a legenda escolheu o ex-governador de Mato Grosso, Rogério Salles (PSDB).

Serys Slhessarenko (PTB): A ex-senadora da República, que exerceu o cargo quando ainda era petista, filiou-se ao PTB com o anseio era disputar novamente ao Senado. Não vingou! Sua legenda, que inclusive a tinha como pré-candidata, voltou atrás e decidiu apoiar a candidatura de Jayme Campos na base do candidato ao governo do Estado, Pedro Taques. O partido chegou a pedir que ela reconsiderasse e fosse candidata a deputada federal, mas a ex-senadora recusou.

Serys ainda consegue levantar (muitos) votos e se destacar sendo uma representante feminina na política. Caso aceitasse o pedido, suas chances de ser eleita deputada federal seriam boas e, em quatro anos, ser uma forte opção do partido para disputar ao tão almejado cargo de senadora.

Outra incógnita que se forma com esse “bate pé” da petebista é sua situação no partido. Em 2010 ela era senadora em busca do apoio do PT em sua reeleição e Carlos Abicalil era deputado federal, desejando crescer e ‘tomar’ a vaga de Serys. Ela perdeu a disputa interna e se candidatou à Câmara dos Deputados e ele ao Senado. Nenhum dos dois venceu a disputa. Em 2012, já com as relações desgastadas na sigla, Serys se enfrentou com o então candidato a prefeito de Cuiabá, ex-vereador Lúdio Cabral, que hoje disputa o governo do Estado. Por causa dessa briga, ela e outros 300 petistas (aproximadamente) deixaram seu partido. Logo, não seria muito aguardar a desfiliação de Serys do PTB.

Juca do Guaraná (PTdoB): Com a vida política ainda no início, Juca do Guaraná Filho, vereador por Cuiabá em seu primeiro mandato, quis alçar voos mais altos e se dizia confiante em sua eleição ao Senado. Porém, desistiu no último dia 16. O motivo de sua desistência seria a saúde de seu pai, Juca do Guaraná, de quem herdou a política.

O vereador era pré-candidato a deputado estadual, com alguma chance de conquistar uma das cadeiras a Assembleia Legislativa. Por algum motivo, surgiu a candidatura ao Senado. Sem chances. Com a saída de Jayme, tentou voltar, mas não conseguiu.

Juca conseguiu se destacar em sua candidatura e chegou a pontuar a terceira colocação nas pesquisas de intenções de voto. Em suas declarações, o parlamentar afirma que não trata-se de um cancelamento mas de uma adiamento dessa experiência.

Fora o tempo e dinheiro investido, e todo o desgaste de uma campanha majoritária, Juca estaria ‘assegurado’ nesta campanha, uma vez que não precisaria renunciar ao mandato de vereador para disputar o Senado.

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